Desvendando o consórcio: o que você precisa saber

Vamos supor que você queira adquirir uma carta de crédito de R$ 300 mil para comprar um imóvel. Ao se informar sobre como funciona o consórcio imobiliário com uma instituição bancária ou vendedor de consórcios tradicional, recebe uma tabela com seguintes informações:

– o valor da carta de crédito;

a taxa de administração;

– o valor da parcela mensal;

– o prazo de pagamento.

Então, você escolhe o crédito que imagina ser suficiente para a compra do imóvel, compra a cota do consórcio e, em cima das informações da tabela, começa a pagar as parcelas e participar da assembleia. Parece simples, mas saiba que a sua jornada de compra da cota do consórcio acabou de começar — e que agora você pode ter algumas “surpresas”.

Entre elas: não conseguir usufruir da carta de crédito da maneira que deseja e até mesmo um acréscimo na taxa de administração. Só que isso não significa que o consórcio não seja uma modalidade segura, tampouco vantajosa. Muito pelo contrário.

A questão é que as particularidades de cada administradora e o comportamento de cada grupo fazem com os consórcios também tenham sua complexidade. Por isso, é fundamental entender “as regras do jogo”.

No post de hoje, vamos desvendar alguns pontos de atenção do consórcio para que você esteja pronto na hora de tomar a melhor decisão. Confira!

Como funcionam os consórcios

De maneira resumida, os consórcios são formados quando um grupo de pessoas (físicas ou jurídicas) se une para adquirir um bem. São as administradoras que organizam todo o processo e criam os grupos. Assim que o contrato é assinado, cada consorciado paga o valor da parcela e todos os meses a administradora sorteia uma carta de crédito.

Essas contemplações da carta de crédito no valor do bem acontecem até que todos do grupo sejam atendidos. Então o sorteio acaba sendo a primeira possibilidade de aquisição do bem — e todos têm a mesma probabilidade de ser contemplados. Mas não é a única.

Outro tipo de possibilidade é o lance, que pode ser livre ou fixo.

Lance livre: não há limite de valor e pode ser oferecido por qualquer consorciado. Vence quem ofertar o maior valor ou percentual.

Lance fixo: o valor é definido pela administradora. Se mais de um consorciado der o lance, há desempate por meio de sorteio.

Os lances se tornam uma alternativa para que a contemplação saia mais rapidamente. Além disso, as administradoras criaram uma possibilidade de melhorar a capacidade de lance.

É o chamado lance embutido, no qual o consorciado pode usar um valor que ele ainda não tem — o dinheiro é descontado do montante total da carta de crédito contratada.

Consórcios: vale a pena dar um lance?

A resposta para essa pergunta vai depender de vários fatores: as tendências do grupo, o seu objetivo com a carta de crédito e o seu planejamento financeiro.

A primeira questão a ser considerada é que a taxa de administração apresentada na tabela do consórcio só é válida quando as contemplações acontecem por meio de sorteio. Caso a cota seja contemplada por meio de lance, a aplicabilidade é outra — a depender das regras das administradoras e do comportamento do grupo.

Isso não significa, necessariamente, um problema, já que a taxa de administração é sempre mais vantajosa que os juros dos financiamentos imobiliários. Mas é importante se atentar para que não haja “surpresa” no decorrer do processo.

O tempo acaba sendo um fator-chave porque você está antecipando sua contemplação e também o seu custo. No consórcio, quanto menor o lance que você dá, mais barato o consórcio fica.

A segunda questão é que, de repente, o valor do lance pode ser insuficiente. Ou seja, você pode dar um lance à toa. A terceira é que o grupo precisa ter saldo suficiente e, por fim, é entender se o valor final será suficiente para adquirir o imóvel que deseja.

Vamos supor que o consórcio é de uma carta de crédito no valor de R$ 300 mil e você deu um lance embutido de R$ 50 mil. Os R$ 250 mil da carta de crédito irão atender suas necessidades?

Outros detalhes sobre os consórcios

Além de todos os pontos citados acima, é importante ainda entender quais são as métricas que as administradoras utilizam nos lances: se é lance sobre crédito ou lance sobre saldo devedor, por exemplo. São informações que não constam em contrato porque a deliberação é feita na formação do grupo.

Em uma série de vídeos intitulada “Desvendando o Consórcio”, trouxemos mais informações sobre essas deliberações — inclusive com cálculos práticos para trazer mais clareza. Assista em nosso canal do YouTube!

Fica a dica: o segredo para não cair em armadilhas está em pesquisar o mercado, se atentar para as regras das administradoras, o comportamento do grupo e fazer parceria com empresas que têm expertise no ramo de consórcios, como a CTIC.

Os especialistas da CTIC têm o cuidado de estruturar as operações de consórcio de maneira personalizada para cada cliente, entendendo suas necessidades quanto ao valor, forma de pagamento e prazo a ser atendido. Sem armadilhas, pegadinhas e/ou surpresas. Fale com a CTIC!

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